quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Os porquês

Este blog é focado em peças publicitárias. Mas hoje, em especial, eu gostaria de não postar nenhuma peça com erro (ufa!) e falar sobre os queriiiiiidos porquês.
Em primeiro lugar, eu queria dizer que é muito difícil a forma como aprendemos na escola, em qualquer nível. A gente não aprende – em parte – errado. A forma como a gente "recebe" a informação é que acaba com a nossa dignidade.
Gente, eu pesquisei blog, sites especializados, sites de concursos. Eu não sei se procurei direito, mas não encontrei nenhum blog ou site que explicasse esses udos de uma forma mais desenvolvida. Pra não dizer que não achei, só encontrei um (sim, UM), que serviu de pontapé para esta minha vontade de entender tanto os porquês e encontrar uma forma "camarada" pra gente não esquecer mais.
Aí fiquei matutando... durante o dia, meu trabalho não me deixa nem piscar os dois olhos de uma só vez. Então, as ideias resolvem aparecer na hora em que vou dormir. E com isso eu sou "muito mais" feliz...
Cheguei à conclusão de que a melhor forma de associar o uso dos porquês é partir logo pra ignorância... hehe. Ou seja, vamos direto à fonte, que é a classe de palavras.
Eu mesma já fiz um post aqui sobre os porquês, mas retirei, pra não ficar repetitivo. E porque acho que este aqui vai ser mais completo. O tempo passa, o tempo voa... e a gente vai aprendendo mais. Acho que o post anterior está um pouco com esses vícios que eu tanto critiquei.  
É tanta coisa que eu terei que dividir este assunto em dois posts.
Se vocês hoje forem procurar "explicações" sobre os porquês, vão achar basicamente isto (em grande parte de sites direcionados, pois alguns, mesmo que com esse mesmo perfil de explicação, ainda tentam ser mais abrangentes):
"Por que ('separado', sem acento): início de pergunta ou pergunta subentendida = por que (motivo). Porque (junto, sem acento): resposta. Por quê ('separado' e com acento): final de pergunta. Porquê (junto, com acento): substantivo = causa. O mais fácil de identificar, pois sempre vem depois de 'o' ou 'um'".
Não é assim (ou mais ou menos assim. Sei que tem mais algumas coisinhas, mas eu resumi bem)?

Na minha opinião (e isso não significa que eu seja dona da verdade), o primeiro erro é colocar os quatro numa mesma explicação – tipo um "aulão" sobre os porquês. Atrapalha mais do que ajuda.
O segundo erro (vamos chamar de "pegadinha") é que, se formos avaliar direito, não existe SEPARADO. "Porque" só vai ser "porque" se for junto. Se estiver separado, são duas palavras – por e que/quê.

Bom, como não tem jeito, vou ter que falar dos quatro de uma só vez. Mas espero, do fundo do meu coração, que esta explicação seja útil, pois eu ouço muita gente me perguntando as diferenças. E se os "aulões" com essas pegadinhas funcionassem, não iria mais haver tanta gente com dúvida.
Eu faço assim: em vez de pensar: "Eu uso 'porque' (junto, sem acento) em resposta/afirmação (etc.)", eu penso primeiro na classe de palavra. Depois vou dando os exemplos. Aí, parece que é pensar meio que ao contrário, mas faz mais sentido.
Vamos lá, no próximo post, vamos esmiuçar esses lindos.

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